O que tenho é cansaço e o desassossego. Receio íntimo dos gestos a esboçar, uma timidez intelectual das palavras a dizer. Tudo me parece antecipadamente inútil. O insuportável tédio de todas estas caras, inteligentes ou totalmente sem, grotescas até a náusea de tão felizes ou infelizes, uma maré separada de coisas vivas que me são alheias. Não há pior solidão do que a de não ter com quem dividir a vida.
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